O Passat que não tivemos
2 de outubro de 2019O Passat está presente na vida do brasileiro há 45 anos, tendo chegado ao mercado em 1974 e rapidamente tornou-se um carro apaixonante, pelo conforto, confiabilidade e potência.
O Passat que chegou no Brasil no início dos anos 1970, foi a mesma versão também lançada na Europa em 1973, mas aqui impactou na linha da Volkswagen, pois, tratava-se de uma mudança significativa abandonando o motor com refrigeração a ar e adotando um motor com refrigeração líquida, incomum na linha nacional.
Com o passar dos anos o Passat também sofreu mudanças no mercado Europeu, adotando novas linhas e se modernizando, não apenas na mecânica, mas também no design. O resultado disso, foi que em 1981, seu layout foi modificado, ganhando novas linhas e grade frontal, mas as mudanças não foram apenas na frente do carro, mas sim em sua estrutura toda.
B1, B2 e B3
Chamado de Passat B2, o modelo ganhou em tamanho e conforto, oferecendo padronagem de tecidos mais elaboradas e com melhor qualidade. Em 1985, esse mesmo modelo, chegou ao mercado brasileiro rebatizado de Santana. Os dois modelos, Passat B1 e Passat B2, renomeado, conviveram na mesma linha de montagem. A estratégia da Volkswagen foi manter o Passat em linha de produção, uma vez que o modelo tinha boas vendas no mercado até 1988, quando a produção do Passat foi encerrada com o GTS Pointer.
A decisão de dar um novo nome ao modelo pareceu interessante no começo, mas por se tratar de modelos completamente diferentes, o nome Passat ainda continuaria no mercado Europeu, até os dias atuais, tornando o modelo ainda mais apaixonante, por ter hoje em sua linha, tecnologia e performance, comparados a grandes marcas como Audi, Mercedez e BMW.
Mas na vidada para 1990, ainda havia a ideia de se manter o modelo passat em linha, mais pela força do nome e no fim do ano de 1988, era lançada na Europa uma nova reestilização do modelo, chamado Passat B3.
Poucos carros desse modelo são vistos em território nacional, muito embora, minha opinião ser um dos mais bonitos, ele não chegou a ser vendido oficialmente pela Volkswagen, mas alguns chegaram por meio de importação da Europa e Estados Unidos, onde o modelo com a grade frontal característica, era vendido com o nome de Dasher, desde seu lançamento na terra do tio SAM.
Santana o último Passat no Brasil
Esse último é que deu ao modelo novo do Santana, a partir de 1994, suas linhas mais conhecidas com mudanças na grade frontal, similar ao Passat Europeu, Passat B4, que passou a ser importado oficialmente pela Volkswagen também em 1994, com modelos vindos do México e Europa.
Na minha opinião, que edito essa coluna, foi um erro não ter adotado a terceira geração do Passat B3 no Brasil, dessa forma, seu legado seriam continuados até os dias atuais e o mercado brasileiro continuaria a contar com um produto alinhado ao mercado internacional. Mas também vale ressaltar que, em meados dos anos 1990, o país atravessou uma crise financeira intensa, com mudanças de moeda e inflação alta, gerando uma adequação da estratégia da VW para o mercado nacional.
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